Angiofluoresceinografia é um procedimento de diagnóstico que utiliza uma câmera fotográfica especial para tirar uma série de fotografias da retina, que é a camada sensível à luz e que reveste o interior do globo ocular.
Um corante, fluoresceína sódica, é injetado numa veia do braço para a realização do exame. O corante vai do sistema venoso para a circulação arterial e atinge o globo ocular. Esse procedimento é freqüentemente confundido com exames radiográficos que utilizam iodo, mas não é o caso. Na medida em que o corante passa através dos vasos da retina, são tiradas fotos, utilizando-se um filtro azul. Normalmente os vasos retinianos são impermeáveis ao corante. Se os vasos não estão normais, o corante extravaza do sistema vascular para a retina.
Lesões nas estruturas abaixo da retina ou vasos sangüíneos anômalos também podem ser mostrados.
O tipo de anomalia e a localização precisa podem ser determinados através de uma interpretação cuidadosa dessas fotografias.
Quais são os riscos da angiofluoresceinografia?
Após a injeção do corante, a sua pele pode tornar-se amarelada por várias horas. Isso deve-se a impregnação dos tecidos superficiais da pele pelo corante. Essa coloração desaparece a medida que o corante é filtrado para fora do corpo pelos rins.
Devido à cor do corante, a urina fica com uma coloração verde-amarelada por um período de 24-48 horas após o exame.
A náusea é uma reação apresentada por alguns pacientes. Tem duração curta, melhorando após alguns minutos.
Se o corante extravaza da veia durante a injeção, pode haver uma sensação de queimação no local e uma coloração amarelada na pele ao redor da mesma, sem maiores consequências.
Reações alérgicas ao corante utilizado são muito raras. Se presentes, elas podem causar prurido ou coceira na pele. São facilmente tratadas com medicamento anti-alérgicos. Outras reações alérgicas mais severas também podem ocorrer embora sejam raríssimas.
Porque é feita a angiofluoresceinografia?
Se, após examinar os seus olhos, seu oftalmologista suspeitar de alterações na porção posterior do globo ocular, pode recomendar esse exame. Ele é freqüentemente realizado para diagnosticar e/ou controlar algumas doenças.
Pior exemplo, o diabetes - que é a maior causa da cegueira em pacientes abaixo de 55 anos e a segunda maior causa de cegueira independentemente da idade - pode fazer com que os vasos retinianos extravazem líquido ou sangue.
A maioria das retinopatias diabéticas, quando diagnosticadas precocemente, pode ser tratada com laser para prevenir a perda da visão.
A degeneração macular relacionada à idade, que é a maior causa de cegueira em pacientes após os 55 anos, pode apresentar casos sangüíneos anômalos, que aparecem debaixo da retina, que podem ser tratados com laser numa tentativa de se prevenir uma acentuada perda da visão.
Sem o uso da angiofluoresceinografia, o seu oftalmologista pode não ser capaz de fazer o diagnóstico preciso dessas e de outras doenças.
A localização exata de um vazamento, por exemplo, acaba guiando o tratamento com laser exatamente sob o ponto comprometido.